Na espúria tentativa de tornar o Natal naquilo que ele não é, numa altura em que ele, muito menos, já aí está, as iluminações já começaram a ser colocadas no centro-cidade. Isto ainda antes do Pinheiro ser cortado, com uma pressa mais digna de obstinação mercantil do que de cumprimento de agendas e inauguração de praças. Nada de anormal neste uso iluminado, não fosse o facto de ninguém querer saber de iluminações para pouco, já que de belo nada têm. Mais valia pô-las todas juntas em S. Torcato, que, destarte, dariam vida à igreja cinzentona que lá há, fazendo acontecer um happening, coisa que por lá acontece pouco. Tudo que há cá tem que haver na minúscula área do centro-cidade. Atrofiante. Amiúde roçante do desespero. Extemporâneo. E pronto, daqui a um mês – é só passar o Guimarães Jazz, senão até parecia mal – começa aquela porcaria da música nas ruas, com publicidade bombardeada a quem se está defecando para ela, coisa de bimbos e parolos, feita para bimbos e parolos. E a CMG, conivente, cala e consente, autorizando, pensando ai que lindo, que tradição, dancemos o vira.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Contra o Clericalismo Dominante Numa Sociedade Laica Ou Vice-Versa
Deixado por Guy Marais em 12:32
Assunto: Clero, Embirrações, Laicidade, Pré-Natal
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Ò Guy José,
ResponderExcluirAtrevo-me a sugerir um fecho diferente para esta vossa nota, tão iluminada e irisdecente:
"E a CMG, conivente, cala e consente, autorizando, pensando ai que lindo, que tradição, dancemos o vira, e paga."