Nalguns lugares da cidade, maioritariamente rotundas, víamos ou vemos posters com o Castelo da dita. Por baixo da imagem da castelada, o que se lê, ao contrário do pretendido, é "Não é UM maravilha?" Responde-se: não, não é um maravilha porque maravilha é feminino. É UMA maravilha. Logo, há que pôr "Não é 1a maravilha" para que fique bem. Porque o que está mal, por regra, é mau. Ainda por cima, tendo a cidade universidades e escolas onde ensinam concordâncias. E, estando mal, é claro que enerva. E pior, enerva mais pensar que há quem tenha sido pago por fazer mal.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
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Como estais certos, ò magnífico Guy Marais.
ResponderExcluirDe facto, o castelo não é, verdadeiramente, 1 maravilha, assim como as 101 receitas para cozinhar bacalhau não se fazem só com bacalhau, porque há quem as faça com paloco, com escamudo e, ò heresia das heresias, até com outros afins e parentes menores. E, verifico agora, esmagado pela vossa imensa sabedoria, Xerazade não pode ter permanecido insone durante as famigeradas 1001 Noites. Talvez tenha ficado pelas 1000, que é número com outra rotundidade.
O número um é masculino, caro Aldo. Por muito que tal lhe possa custar. Se há 101 receitas (e não modos) ou 1001 noites, isso significa que há cento e um receitas (e não modos) ou mil e um noites (neste caso, bem diferentes de mil e uma noites). E pode arranjar-me mais 23.453.251 exemplos idênticos que não é pela quantidade-ou qualidade- que o género masculino do um muda. Infelizmente, a mal da língua, pensará talvez. Nada disto aconteceria se anglófonos fossemos. Wanna bet?
ResponderExcluirNão estou a perceber, caríssimo Marais. Eu concordei consigo.
ResponderExcluirBem sei que em Guimarães vivem sensivelmente 160.431a pessoas e até tenho um tio no Brasil que tem uma fazenda em Cuiabá com 3.701a vacas e 9.521 bois, além de 31a ovelhas e sete carneiros. Para demonstrar a razão que eu não lhe tiro, pode ficar com as suas 23.453.251a lições.
Fossemos nós anglófonos, como o amigo bem diz, e não andaríamos para aqui a discutir a problemática do sexo dos numerais.