Então, disse o Faraó a José: Eis que em meu sonho estava em pé à praia do rio. E eis que subiam do rio sete vacas gordas de carne e formosas de vista, e pastavam no prado. E eis que outras sete vacas subiam após estas, magras e muito feias de vista, e fracas de carne; não tenho visto outras semelhantes em fealdade em toda a terra do Egipto. E as vacas fracas e feias comiam as primeiras sete vacas gordas. Fico surpreendidíssimo por ver como as vacas avançavam, uma atrás das outras, se encostavam ao robot e se sentiam deliciadas enquanto ele, durante cerca de seis, sete minutos, realizava a ordenha. 
Aníbal Cavaco Silva, Vila-Meã, 3 de Outubro de 2008
Afinal, não há motivos para pânico. O presidencial economista Aníbal Cavaco Silva, o das vacas magras, num raro momento de inspiração, em que balança entre a fina agudeza discursiva do seu antecessor Américo Tomás e o rústico e resvaladiço palanfrório de pendor lúbrico do Quim Barreiros, contou a parábola das vacas deliciadas, tranquilizando os portugueses, ao partilhar com eles a sua visão das vacas gordas e felizes dos tempos que correm. Crise? Qual crise?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Avisam-se todos os nossos clientes que a tabuleta onde se lê RESERVADO O DIREITO DE ADMISSÃO tem uma função meramente decorativa. Neste café pratica-se a liberdade de expressão, absoluta até certo ponto. Qual ponto? É o que falta saber.