Guimarães está em transe, frenesi e estupor agónico. D. Afonso Henriques está desaparecido.
São desencontradas as informações que nos vão chegando sobre a infausta ocorrência.
São desencontradas as informações que nos vão chegando sobre a infausta ocorrência.
Corre por aí que foi raptado por um bando de facínoras a soldo de Ferrnando Ruas, tendo sido metido numa camioneta com destino a Viseu, onde será inaugurado em breve.
Há quem diga que se foi embora, pelo seu pé e de livre vontade, atirando aos quatros ventos obscenidades nunca antes escutadas em terras vimaranenses, por ter sabido que lhe vão comemorar as suas novecentas primaveras sem as honras devidas à primeira figura do Estado.
Um anónimo testemunhou que o viu na Adega do Quim, a confraternizar com o Pedro de Leitões e a mordiscar moelas enroladas em malgas de verde tinto.
Certo é que desapareceu. Vimaranenses extremosos, com o coração em desassossego e a alma em sangue, oferecem uma choruda recompensa a quem fornecer informações acerca do paradeiro do egrégio desaparecido.
Não há que ter receio. Foi à terra onde é bom dormir exercer o direito de pernada. Volta dentro de momentos.
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