domingo, 15 de fevereiro de 2009

Bandeiras, Casamento e Discriminação


Tenho visto o nosso querido líder (cada vez mais à la Kim il Sung, depois da sua recente (re)coroação norte-coreana como grande irmão do planeta rosa) a acenar com umas bandeiritas, que, ao que diz, identificam o seu partido “como a verdadeira força da esquerda progressista, da esquerda moderna, da esquerda do povo”. Ora, muito me espanto quando vejo que uma dessas bandeiras, que não são mais do que duas, é a do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Começo por declarar que nada me move contra tais casamentos. Que se casem e que sejam felizes para sempre, é o meu voto. O que me admira é que alguém venha dizer que o casamento, seja ele qual for, é uma causa da esquerda. Ora, ora, meu caro das bandeirinhas: a esquerda, nunca foi dada a essas coisas. A esquerda é mais o lado do amor livre, um clássico com mais de um século de caminho. A defesa do casamento é, sempre foi, uma das bandeiras da direita. Os da esquerda moderna e progressista, em especial os que agora embandeiram pelo casamento homossexual, são mais dados às uniões de facto, não são?

Se a ideia é acabar com a discriminação dos adeptos de sexualidades alternativas, então a tal bandeira é, ela própria, discriminatória. Abre a possibilidade a que alguém que ame outro alguém do mesmo sexo se possa casar com ele, mas deixa de fora outras minorias. Os praticantes da bissexualidade, por exemplo. Se os heterossexuais se podem casar, se os homossexuais o vão poder, por que razão se discriminam os bissexuais? Isso não é lá muito de esquerda, pois não, ò querido líder?

Erga lá então outra bandeira, homem, que a confusão fracturante sempre ajudará a distrair o povo da trapalhada do Freeport.

Se Francisca ama Frederico e Flávia, porque é que não pode casar com os seus dois amores? Se Marcelino ama Maria e Manuel, porque não hão-de casar os três? Se João ama Joana, que também ama Josefina, que ama Joaquim, que também ama João e Joana, haverá direito de os impedir de se casarem os quatro?

Seja moderno, homem. Verdadeiramente moderno.

3 comentários:

  1. Esta de misturar homossexualidade e poligamia já não colhe... está batida.

    ó cafés toural, voltem lá aos vossos posts de qualidade e deixem-se de homofobias.

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  2. Homofobia? qual homofobia? Parece que não percebeu nada. Em primeiro lugar, não temos por aqui vacas sagradas. Em segundo lugar, o que aqui leu, na nossa imodesta opinião, nada tinha de homofóbico, antes pelo contrário. Pela parte que me toca, nada tenho contra as escolhas individuais de cada um: respeito-as todas, mesmo que elas sejam colectivas.

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  3. eu gostava de ser gay. fazer amor barra sexo com uma mulher dá muito trabalho, ele é preleminares, ele é aguentar, enfim uma canseira.

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