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Café Toural

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Agradecimento e Retribuição

Apesar da nossa proverbial humildade, sabemos que somos merecedores de agradecimentos, gratulações e encómios. Afinal, também ajudámos a fazer do rapaz, aqui no Berço, uma celebridade instantânea. Cá vamos juntando foguetes para o dia em que anunciarem o Nobel, a estátua e o nome de rua.

[Aproveitamos para pedir desculpa aos nossos compreensivos e amáveis clientes pelo incómodo da nossa baixa performance no que respeita a "erros linguísticos por frase". Prometemos esforçar-nos para fazermos mais e melhor.]

Deixado por Aldo Nim em 19:33 25 comentários

Assunto: Cromos

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Guimarães tem futuro (bis)

Enquanto uns se põem aos saltinhos, esforçando-se por disfarçarem a grande falta que lhes faz “um bocadinho assim”, e acenam ao tacho, perdão, a “um lugar compatível nas próximas listas eleitorais do partido”, ao mesmo tempo que mantêm um blogue que é um estendedouro de atrocidades à materna língua, outros aspiram a mais largos horizontes e, depois de quererem passar o Dia de Camões para o S. João, arremessam uma mão cheia de propostas luminosas para a CEC2012, entre as quais “uma feira de produtos culturais com um modelo fora do convencional, que não se limite à simples feira do livro, mas inclua também música e outros” (sim, música e outros, qual é a dúvida?). A nossa política local está muito bem guarnecida de donzéis, está ou não está?

Deixado por Honoré de Balazar em 22:38 8 comentários

Assunto: Amanhãs que cantam

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Polícia de Segurança Púbica


Quando António de Oliveira Salazar morreu, acreditava que ainda governava Portugal. Quatro décadas passadas, em Braga ainda acreditam.

Deixado por Aldo Nim em 14:08 15 comentários

Assunto: Só podia acontecer em Braga

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Porque Estais a Assobiar?

"Um Vitória demolidor massacrou um Trofense que apenas em contra-ataque criava perigo. E pouco perigo."

Deixado por Honoré de Balazar em 14:29 3 comentários

Assunto: Ensaio sobre a cegueira

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O Rei dos Livros

Tenho que fazer uma confidência, em forma de expiação. Ontem de manhã, quando falei ao Aldo Nim da Entrevista, chamei-lhe ignorante por ele não conhecer o colossal PCF. Estava a dar-me ares. Vejo-me forçado a penitenciar-me: eu, Honoré de Balazar, logo eu, que carrego este nome tão literário e que vivo mergulhado no meio de livros, também nunca tinha ouvido falar em tal escritor, nem sequer tinha colocado a vista em cima de qualquer livro seu. Para me redimir, varei a madrugada à procura de descobrir alguma coisa sobre a obra do magnificente autor. Descobri que o homem já escreveu para cima de muitos livros. Antes de publicar o primeiro romance, já tinha escrito mais de meia dúzia. A sua escrita é densa e carregada de imagens de grande riqueza onírica, elegância e finíssimo recorte literário.

“Na rua, um homem sem mão e sem punho diante de mim e de um filho com o desejo, imparável, de conhecimento. “Pai, que nome se dá àquele homem que, para além de maneta, também não tem punho”, pergunta.”

[Qualquer coisa resultante da soma do substantivo punho com o sufixo eta, pensareis vós, que, bem o sei, sois dados a trocadilhos fáceis. Mas o monumental escritor, que não é da vossa laia, espetou um vidro em cada olho do decepado e respondeu, candidamente, à pergunta do seu petiz: “Cego, meu filho. Cego”. Sublime!]

Para nosso enlevo e deslumbramento, o futuro Prémio Nobel da Literatura produz uma escrita de grande elevação poética, carregada de imagens profundas, inspiradas e de apurado bom gosto, traços que estão bem presentes no seguinte trecho:

“Acreditar que um “sim” virado ao contrário é, na realidade, um “não” é como acreditar que uma mulher virada ao contrário é um homem. Uma mulher virada ao contrário é, na pior das hipóteses, um 69 bem feito.”

O genial escritor é cultor da complexidade conceptual do discurso filosófico. De um texto intitulado “Teorização metafísica. Ou apenas estupidez”, que encontrei no mesmo número do jornal que publicou A Entrevista, extraio uma frase que é um portento de profundidade, requinte estilístico e incontinência adverbial:

"Um estúpido é, quase sempre, extremamente politicamente correcto na sua estupidez."

Além do mais, o escriba é profundamente versado em zoologia, porque:

“Tem, desde pequeno, a certeza de que o Homem é o único constituinte do reino animal.”

Mas é mesmo quando titila o fascinante tema da estupidez que se revela mais escorreito e conhecedor:

“A estupidez é algo, efectivamente, genético. Pergunte o nobre leitor, se tiver dúvidas, ao meu pai.”

[Eu, plebeu leitor, não tenho dúvidas por aí além, mas acho que o desmedido escritor deveria conformar-se à sua natureza, evitando essa coisa feia de atirar as culpas para as costas do senhor seu pai. Não havia necessidade.]

E pronto, já posso dormir descansado.

Já sei quem é o PCF.

Deixado por Honoré de Balazar em 05:11 47 comentários

Assunto: Cromos

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A Entrevista

Esta madrugada, eram para aí umas dez horas, acordei com um grilo a cricrilar-me ao ouvido. Raios!, já não bastava o galo que sofre de espertina e canta toda a noite. Só me faltava este. ‘Este’ era, afinal, o telefone. Deito a mão ao dito cujo, com intenções homicidas, e dou comigo a resmungar meia dúzia de inconveniências muito minhas, que rapidamente são afogadas pela voz inflamada, torrencial e exaltada do Honoré, que jorrava do maldito aparelho. O homem estava fora de si, em extremos de efervescência apopléctica, e eu sem perceber nada do que ele dizia. Aproveitei um breve interstício, que ele usou para respirar, para lhe perguntar:

- Ò homem, do que é que estás para aí a falar?

- Estou a falar da entrevista, de que mais é que havia de ser?

- Qual entrevista?

- Qual entrevista? A entrevista. Olha-me este! A entrevista de que toda a gente fala, qual havia de ser?

- Não sei de nenhuma entrevista e não quero saber.

- Não digas uma coisa dessas. Tens que ler a entrevista que o Pedro Chagas Freitas deu ao Notícias de Guimarães. É genial!

- Pedro quê?

- Chagas Freitas.

- Nunca ouvi falar. Quem é esse?

- Não me venhas com uma coisa dessas, que nem parece tua. Então tu não conheces o grande PCF? Nem sequer da rua? Que é que andas a fazer, minha besta ignorante?

- Juro que nunca ouvi falar. Devia ter ouvido?

- É o maior escritor português da actualidade, porventura de todos os tempos, os que já foram e os que estão por vir.

Fui ler a entrevista.

Já passou meia hora e continuo atónito, boquiaberto e de queixo caído.


Deixado por Aldo Nim em 11:33 38 comentários

Assunto: Cromos

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O Pagador de Promessas

Antes...

...e depois

Deixado por Aldo Nim em 22:23 1 comentários

Assunto: Prometeu? Tem que cumprir...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Jantar Vegetariano

"Disseram que até comiam a relva. Eu dava-lhes a relva. Não a comeram lá dentro, era obrigá-los a comê-la agora, ao jantar."

Vox populi, rua da Tulha, 17 de Fevereiro de 2008, 20:55.

Deixado por Aldo Nim em 21:23 3 comentários

Assunto: Irritações

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Guimarães Tem Futuro

As notícias chegam quase em simultâneo e são sinais claros de que, em Guimarães, não há que temer o porvir.

Sofia Escobar e o Pifas, não necessariamente por esta ordem, aparecem encavalitados nas notícias. Não param de nos surpreender. São jovens que se superam e que, superando-se, superam tudo quanto se poderia esperar deles.

Sofia, a nossa diva, disparou para o estrelato. Ela é a nova Christine do Fantasma da Ópera e a nova Maria do West Side Story. Ainda há pouco saiu de Guimarães para palmilhar os palcos por terra terras de Inglaterra, e já foi escolhida como a melhor artista de music-hall a actuar naquele país. Bravo, Sofia!

Os feitos do Pifas já entraram na lenda. Diz-se que em 2007 assaltou, pelo menos, 70 casas, lojas e carros. Numa só noite, fez 40 carros. No final do ano passado, estagiou três meses no xadrez. Foi libertado pelo Natal. Ainda soavam os foguetes que anunciaram o ano novo, já era apanhado a conduzir carro alheio. Dois dias depois, o miúdo já ia dentro outra vez, pelo mesmo motivo, desta vez na companhia de um par de pistolas de plástico. Ficou a aguardar julgamento em liberdade. Agora, foi preso outra vez, quando exercitava as suas artes de homem aranha, numa casa em Ponte. Ainda há dias, tinha ousado a suprema proeza de gualdripar um carro a um GNR de S. Torcato. Grande Pifas, o nosso Pifas!

Sofia e Pifas, Pifas e Sofia. Dois rostos, duas faces da grandeza do modo de ser vimaranense. Com os seus exemplos, Guimarães encara o futuro com um sorriso.

Deixado por Honoré de Balazar em 19:29 3 comentários

Assunto: Grandes e pequenos

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Bandeiras, Casamento e Discriminação


Tenho visto o nosso querido líder (cada vez mais à la Kim il Sung, depois da sua recente (re)coroação norte-coreana como grande irmão do planeta rosa) a acenar com umas bandeiritas, que, ao que diz, identificam o seu partido “como a verdadeira força da esquerda progressista, da esquerda moderna, da esquerda do povo”. Ora, muito me espanto quando vejo que uma dessas bandeiras, que não são mais do que duas, é a do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Começo por declarar que nada me move contra tais casamentos. Que se casem e que sejam felizes para sempre, é o meu voto. O que me admira é que alguém venha dizer que o casamento, seja ele qual for, é uma causa da esquerda. Ora, ora, meu caro das bandeirinhas: a esquerda, nunca foi dada a essas coisas. A esquerda é mais o lado do amor livre, um clássico com mais de um século de caminho. A defesa do casamento é, sempre foi, uma das bandeiras da direita. Os da esquerda moderna e progressista, em especial os que agora embandeiram pelo casamento homossexual, são mais dados às uniões de facto, não são?

Se a ideia é acabar com a discriminação dos adeptos de sexualidades alternativas, então a tal bandeira é, ela própria, discriminatória. Abre a possibilidade a que alguém que ame outro alguém do mesmo sexo se possa casar com ele, mas deixa de fora outras minorias. Os praticantes da bissexualidade, por exemplo. Se os heterossexuais se podem casar, se os homossexuais o vão poder, por que razão se discriminam os bissexuais? Isso não é lá muito de esquerda, pois não, ò querido líder?

Erga lá então outra bandeira, homem, que a confusão fracturante sempre ajudará a distrair o povo da trapalhada do Freeport.

Se Francisca ama Frederico e Flávia, porque é que não pode casar com os seus dois amores? Se Marcelino ama Maria e Manuel, porque não hão-de casar os três? Se João ama Joana, que também ama Josefina, que ama Joaquim, que também ama João e Joana, haverá direito de os impedir de se casarem os quatro?

Seja moderno, homem. Verdadeiramente moderno.

Deixado por Aldo Nim em 11:52 3 comentários

Assunto: Bandeiradas

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Roubaram-nos o Rei!

Guimarães está em transe, frenesi e estupor agónico. D. Afonso Henriques está desaparecido.

São desencontradas as informações que nos vão chegando sobre a infausta ocorrência.

Corre por aí que foi raptado por um bando de facínoras a soldo de Ferrnando Ruas, tendo sido metido numa camioneta com destino a Viseu, onde será inaugurado em breve.

Há quem diga que se foi embora, pelo seu pé e de livre vontade, atirando aos quatros ventos obscenidades nunca antes escutadas em terras vimaranenses, por ter sabido que lhe vão comemorar as suas novecentas primaveras sem as honras devidas à primeira figura do Estado.

Um anónimo testemunhou que o viu na Adega do Quim, a confraternizar com o Pedro de Leitões e a mordiscar moelas enroladas em malgas de verde tinto.

Certo é que desapareceu. Vimaranenses extremosos, com o coração em desassossego e a alma em sangue, oferecem uma choruda recompensa a quem fornecer informações acerca do paradeiro do egrégio desaparecido.

Deixado por Honoré de Balazar em 18:17 1 comentários

Assunto: As coisas que nos acontecem

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Grande Malhador


Augusto Santos Silva, ministro dos Assuntos Parlamentares, émulo de Jorge Coelho, ex-trotskista, dixit:

Eu cá gosto é de malhar na direita e gosto de malhar com especial prazer nesses sujeitos e sujeitas que se situam de facto à direita do PS. São das forças mais conservadoras e reaccionárias que eu conheço e que gostam de se dizer de esquerda plebeia ou chique. Estou a referir-me ao PCP e ao Bloco de Esquerda.

Ele gosta de malhar. Ramón Mercader também não desgostava.

Deixado por Aldo Nim em 21:49 2 comentários

Assunto: Marretas

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já mexe?

Já só faltam para a Capital Europeia da Cultura e ainda nada aconteceu, mas já está a fazer chispas.

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Guimarães à esplanada, à mesa ou ao balcão. A cidade servida pela filosofia de café. Ensaios, discursos, conversas, asserções, dissertações e, de quando em vez, um bagaço.

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