sexta-feira, 10 de abril de 2009

Tempos Modernos

Três funcionárias de uma loja do cidadão envergando as suas novas fardas.
Enquanto que em Espanha, enfermeira sem mini-saia ganha menos, no país da virtuosa e recatada D. Pulquéria proíbem-se saias curtas, decotes, saltos altos, roupa interior escura, gangas e perfumes agressivos. É a imparável força da modernidade.

3 comentários:

  1. A malta que se farta de apontar as virtudes do funcionalismo privado, da eficácia do sector privado (na banca, por exemplo, na saúde, por exemplo) é a mesma que arremessa contra estes sinais de "eficácia privada" no sector público, em tudo vendo atentados à liberdade de cada um bláblá... Por acaso estranham ou reagem quando entram numa das modernas unidades de saúde do grupo Hospital da Trofa (que tanta hossana merece dos liberais do mercado!) e deparam com funcionários fardados, com trajes desenhados por estilistas da moda que cumprem exactamente as regras "formais" que se contestam no caso da Loja do Cidadão?

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  2. Está a falar de coisas diferentes. Ninguém estranha que, em determinados serviços e sectores, públicos ou privados, se usem fardas. Elas, as fardas, estão por todo o lado e ninguém as contesta: desde as forças armadas à polícia, a inúmeros serviços públicos, desde a limpeza urbana ao atendimento em certos serviços. Mas aqui não se trata de dar fardas aos funcionários, mas de lhes impor um conjunto de regras, de pendor marcadamente discriminatório e sexista, entre as quais se notam algumas que são susceptíveis de interferirem com a liberdade individual e com o bom senso. Ou será que vão criar uma nova entidade que terá como função inspeccionar a cor da lingerie das funcionárias das Lojas do Cidadão?

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Avisam-se todos os nossos clientes que a tabuleta onde se lê RESERVADO O DIREITO DE ADMISSÃO tem uma função meramente decorativa. Neste café pratica-se a liberdade de expressão, absoluta até certo ponto. Qual ponto? É o que falta saber.