Não: devagar.
Devagar, porque não sei
Onde quero ir.
(Álvaro de Campos)
Devagar, porque não sei
Onde quero ir.
(Álvaro de Campos)
Consta que Maribor, na Eslovénia, será capital Europeia da Cultura em 2012. Por lá, as coisas vão andando (qual é a pressa?). Em 2013, será a vez de Marselha, França, e de Košice, na Eslováquia. Por lá, as coisas já giram e marcham, assim e assim (será que vão apanhar o comboio?). Em Guimarães, que fará parelha com Maribor, em 2012, as coisas vão indo entre a letargia e a catalepsia: estáticas, paradas e silentes, com quase completa ausência de sinais vitais. Aparentemente, nada se move, a não ser a inexorável marcha do tempo.
E eu pergunto:
Porque será?
Será porque o segredo é a alma do negócio?
Será porque, em vez de um Ministro da Cultura, temos um holograma narcisista a fazer as suas vezes?
Será porque o processo entrou em recesso, para não colidir com o calendário eleitoral de 2009?
Será por causa da mãe de todas as causas, a crise?
Será porque não se passa mesmo nada?
Será porque ainda falta muito tempo?
E pergunto mais:
Que é feito do prometido processo participado, de que não temos notícias desde Outubro de 2007?
Que é feito da vontade de promover, “em todas as fases do processo, a auscultação, participação e envolvimento de todos os que considerarem que podem aportar ideias, reflexões, propostas e contributos ao projecto”?
Será que, afinal, vamos ter uma cidade Capital Europeia da Cultura construída sem a participação dos seus cidadãos?
[Serão apressados, os Marselheses, que já fixaram e divulgaram uma metodologia para a elaboração do programa para a CEC 2013, com um apelo à apresentação de projectos?]
Não nos faltam as perguntas, nem a sabedoria da minha tia Engrácia, que tinha sempre resposta para tudo e a quem muitas vezes ouvi lembrar que o tempo que se perde não se torna mais a achar.
Ora aqui está uma reflexão super pertinentee mordaz até! Concordo em absoluto, até porque o Minho a Região Norte e o país arriscam-se a "2corar" se a situação não for alterada. Eu acho que o problema não é económico, mas sim político. Imaginem se esta "Capital" tivesse sido ganha por LX... já haveria Teatros, Pavilhões, Aeroportos, Tgvs, Pontes... em fase de construção. Lembremo-nos da Expo, do Euro, e outras coisas tais...! Como eu digo, o alvo deverá ser Lisboa, ou o Terreiro do Paço (sso a apasso, devagar)... é de lá que (não) vem o que o "vosso" Magalhães ( não o Miga nem o Mega) não tem: Poder e (in) decisão!
ResponderExcluirabraço