terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Do Preconceito e da Cor de Cabelo
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Honoré de Balazar
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22:14
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Assunto: Embirrações
A Profecia da Capicua

Ou muito me engano ou o bando do Entrudo vimaranense de 1857, que encontrei aqui, foi soprado por certo sapateiro quinhentista das partes de Trancoso, que nos seus dias pelo nome de António Gonçalves Anes Bandarra. É dedicado aos da terra das frigideiras e de uns quantos pês que, nesse ano, por falta de diversão pela banda de lá (aqueles eram tempos em que a Bracalândia ainda não tinha sido inventada, nem desinventada), quiseram participar nas folias dos vimaranenses:
Os bracarenses a querer ter parte (…)
(…)
É somente farelório,
Mas nem merece que em paga
Se aponte no reportório;
Vale tudo, bem pesado,
Trinta réis de mel coado.
De gloriosas tradições,
Onde a névoa nunca engrossa,
Brilha gás nos lampiões,
E passeios e arvoredos
Convidam para os folguedos.
Felizmente, na pátria nossa, a névoa nunca engrossa, e o Toural jamais será uma tampa (com o perdão da palavra roubada, que é muito bem aplicada, mas não é minha).
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Aldo Nim
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Assunto: Profecias, Projectos para Guimarães
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Estocada ou Não Estocada, Eis a Questão.
“Aquele que quer que lhe dêem, tem de dar.”
S. Pedro Crisólogo, Bispo de Ravena*
1. Primeiro, li isto:
2. Depois, li mais isto:
E já não percebo nada.
Por não perceber, pergunto: quando aquele a quem compete a defesa dos interesses dos comerciantes diz o que diz, em 2, que interesses defenderá quem diz o que diz em 1?**
E pergunto mais: com base em que informações, privilegiadas, claro, é que, o que escreve em 1, explica, tão bem explicadinho, o modelo de negócio da intervenção prevista para o Toural, invocando uma “entidade ganhadora”, que “suportará não só o custo do parque mas também de toda a intervenção nesse mesmo espaço”, quando o responsável político por ideia tão subterrânea afirma que “os projectos apresentados só serão realidade se obtivermos comparticipação do QREN. O orçamento municipal não chega”?
E ouso mesmo perguntar: que nevoenta “entidade ganhadora” será aquela? Ganhou o quê? E quando? E como? E a quem?
Confesso que já me enjoa toda esta conversa sobre o Toural, mas, já agora, se não for muito o incómodo, será que alguém se dá à maçada de me responder?
* Citação furtada daqui.
** Aqui, na caixa de comentários, pressenti uma leve insinuação quanto à eventualidade de haver "proveito próprio" envolvido no assunto. Mas eu cá não insinuo, só pergunto. Porque há interrogações que me fazem espécie.
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Honoré de Balazar
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Assunto: Projectos para Guimarães
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Um Caso de Sucesso e Incompreensão
Não costumo falar de futebol e não será hoje que o farei. Falarei de revolta perante a injustiça, a ingratidão e a arbitrariedade.
Quando o contrataram, deram-lhe uma missão: colocar o Sporting de Braga no lugar que é seu por direito próprio e que lhe andava a escapar nos últimos anos. Era o homem certo, no lugar certo. Tem vindo a cumprir escrupulosamente, e com inegável sucesso, a missão de que o incumbiram. Agora que pôs o clube no bom caminho e está quase a atingir o objectivo que lhe colocaram, já se movimentam para correr com ele. Estes bragueses não sabem o que querem, é o que é! Já não consigo conter a indignação que me invade perante tamanha e tão insidiosa malvadez.
Deixem Manuel Machado trabalhar!
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Aldo Nim
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09:16
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Assunto: Embirrações, Pensamentos Pedestres
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Direito de Resposta
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Gerência
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Assunto: Arrastados
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Uma Iniciativa Inovadora

Não tenho a menor atracção por números redondos, curvos ou semicurvos, terminados em 0 ou 5. Embirro com efemérides. Detesto aniversários. Abomino cinquentenários. Maldigo centenários. Impaciento-me com sesquicentenários. Fujo de milenários. Aborreço-me de morte com bodas: as de prata, as de ouro, as de diamante, as de platina ou as de casamento. A não ser pelo arredondado dos números, não vejo qual o sentido de se celebrarem os 50, os 75 ou os 100 anos do nascimento ou da morte de alguém. Ninguém faz nada de assinalável no dia em que nasce. Raros são os que o fizeram no dia em que morreram. Julgo preferível assinalar a passagem dos 104 anos, 3 meses e 14 dias sobre a data em que um escritor escreveu uma página memorável, do que o centenário da sua morte (isto é, do dia a partir do qual não voltou a escrever nem mais uma linha). Vem isto a propósito de ter percebido que não sou o único a padecer de alergia às efemérides, tais como têm sido concebidas até aqui. Inaugurando uma prática que se saúda, e dando mostras de uma insuperável visão estratégica, as três Juntas de Freguesia do centro urbano de Guimarães juntaram-se, no passado dia 15 de Fevereiro, para assinalarem a passagem dos 180 anos do nascimento do gravador Molarinho (que veio ao mundo num dia qualquer, para o caso não importa qual*), no preciso dia em que passam 101 anos sobre a sua morte (será que no ano passado se esqueceram do centenário?, estarão neste momento a perguntar os leitores. Não senhor, meus senhores: simplesmente, resistiram, com indomável tenacidade, à tentação de o assinalar**).
* Um senhor que tinha a mania das efemérides diz que foi a 25 de Setembro de 1828.
** O mesmo senhor assinala que o ourives faleceu no dia 15 de Fevereiro de 1907.
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Aldo Nim
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Assunto: Efemérides
Este Post Contém Cenas Eventualmente Chocantes

Lord Byron, escritor inglês que passou por Portugal, descreveu os portugueses como uma subespécie que só tinha serventia para a escravatura (ele lá teria as suas razões para assim descrever, que o meu tio Benevides, um insaciável romântico, que também descrevia, costumava classificar como manifestações de dor de corno). J. P. Oliveira Martins, escritor português que passou por Inglaterra, descreveu os ingleses como a última reminiscência do homem das cavernas. Eu, que sempre fui um indeciso, nunca soube a quem dar razão, se a Byron, se a Martins, se aos dois, se a nenhum. Agora começo a dar razão a Martins, ao saber que na Inglaterra ainda há, mesmo, homens das cavernas – os do underground –, que, em defesa da moral e dos bons costumes, proibiram a afixação de anúncios de uma exposição com obras de Lucas Cranach, o Velho, onde se reproduz uma inofensiva pintura clássica com quase seis séculos.
PS: a imagem que vai aí acima é um contributo, a título gracioso, do Café Toural aos responsáveis da Royal Academy of Arts, que se lamentaram por não terem previsto “um plano B com a Vénus vestida”.
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Honoré de Balazar
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Assunto: erotismo, Pornografia, trogloditismo
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Ai Portugal, Portugal! 2.0
[Saber mais: a criatura e o decreto criador]
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Aldo Nim
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Assunto: Partos complicados
Amanhã É O Primeiro Dia...
...Do Resto Da Vida da Fundação Martins Sarmento!
Foi hoje publicado, em Diário da República, o Decreto-Lei n.º 24/2008 de 8 de Fevereiro, que institui a dita e lhe aprova os estatutos! Entra em vigor amanhã!
Longa vida! Muitos sucessos!
Se precisarem de alguma coisinha deste vosso humilde servidor... façam o favor de dizer...
Quem quiser conferir, pode fazê-lo aqui.
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MdS
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Assunto: Fundação Martins Sarmento
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Ai, Portugal, Portugal!

Não sei se projectou ou se não projectou. Não sei se assinou o que não projectou só porque quem projectou não podia assinar porque fiscalizava as obras que projectava mas não assinava. Não sei. E não é essa ignorância que me incomoda. O que me que incomoda e assombra, o que me atormenta e mortifica, o que me dói e tira o sono, é vê-lo insistir que aquilo são criações suas. Para que abismos caminha o país cujo destino está entregue ao autor de mamarrachos assim medonhos?
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Aldo Nim
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Assunto: Mamarrachos
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Terrorismo Político e Cabidela

Fiquei ali, sentado, horas a fio, a tentar perceber se estava acordado ou no meio de um pesadelo. Só agora encontrei uma explicação. Vinha nos jornais da terra. Cito um, com perdão pela falta de vírgulas:
Depois de dar uma volta pelos blogues indígenas, percebi que aquilo podia ser comigo, por causa disto. De repente, eu, que sempre tive razoável desarmonia ao terrorismo e forte alergia à política, vejo-me equiparado a agente de terrorismo político. Meus senhores, eu sou Honoré de Balazar, o das balazarianas! Não tenho nenhum fetiche por virgens, mesmo que sejam tantas como setenta e uma, e menos ainda se elas só vierem com disposição para me servirem depois de morto. Cá por mim, prefiro-as maduras e prefiro-me vivo.
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Honoré de Balazar
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19:09
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Assunto: Adivinhações, bacoradas, GTL, Pesadelos, Projectos para Guimarães