domingo, 18 de outubro de 2009

Guimarheinz?

Acabo de ouvir dizer aqui no café que alguém terá dito algures que há tempos outro alguém terá sugerido que, por causa da Capital Europeia da Cultura, Guimarães deveria mudar o seu nome para outro mais fácil de pronunciar pelos bárbaros da Europa. Fiquei pasmado, atónito e boquiaberto. Confesso que quase me exaltei e que, praticamente, me enfureci perante a simples menção de propósito assim sacrílego. Mas, depois, empurrado pela minha natureza hesitante e maleável, pus-me a pensar. Porque não? Se, para se internacionalizar, o Durão deixou de ser Durão, Guimarães, que vai ser a capital da Europa, também podia reciclar o seu nome por causa da dificuldade de certas gentes em dobrarem a língua. Mas, por mais voltas que dê ao miolo, não consigo descobrir qual poderia ser o novo nome para Guimarães. E se se abrisse um concurso de ideias?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Missão Cumprida

João de Deus Rogado Salvador Pinheiro dá por cumprida a tarefa a que se propôs ao encabeçar a lista laranja do distrito de Braga nas últimas eleições legislativas, depois de concretizar um feito histórico: atirar o PSD distrital para o seu pior resultado eleitoral em quase 30 anos. Parece que houve quem acreditasse que ele foi a votos para servir a nação como deputado. Ele há gente muito ingénua!

Afinal, Havia Escutas no Palácio de Belém...

sábado, 10 de outubro de 2009

Pescando em Águas Turvas

Já podemos voltar a beber água da torneira, garante o Sr. Presidente da Vimágua. Fico descansado. Só é pena só ter sabido que a água esteve imprópria para consumo no momento em que se anuncia que já se pode beber outra vez. Entretanto, bebi. É para isso que nós todos pagamos, nas contas da água, os serviços de uma empresa de assessoria de imprensa: para só nos dar boas notícias.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O Paradoxo dos Votos Trocados

Vou por aí fora e vejo o nosso presidente de há vinte anos, com um sorriso de todos os dentes, a anunciar: “Voto Seguro”. E ponho-me a cogitar se o homem se terá baralhado nas eleições: votar no Seguro era nas outras, nas que já foram. Fico com a sensação de que aquilo poderá ser um sinal aproximação de fim de prazo de validade, a pedir mudança. Vou circulando e descobrindo, com mal contido espanto, que muitos senhores do partido do nosso presidente de há vinte anos já dizem para acreditar na mudança e que até fazem apelos ao voto na força da mudança. Não percebo, mas vou circulando. Pelas esquinas da cidade, vou vendo cartazes socialistas com uns rapazes que me intimam a confiar na mudança. Junto ao estádio, lá está de novo o nosso presidente de há vinte anos, que tantos socialistas querem mudar, a sorrir-me e a repetir “Voto Seguro”. E é nessa altura que me deparo, mesmo ali ao lado, com alguém que me interpela, num cartaz do PSD: “Mudar para quê?”.

Isto anda mesmo muito esquisito.