segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Chistes À Moda De Viseu

O Castelo de Guimarães em versão viseense. Fotografia gentilmente surripiada daqui.

1. Já não lhes bastava dizerem que Afonso Henriques nasceu lá. Agora dizem que nasceu lá e na Alcáçova (!) do Castelo (!) de Viseu. E eu, que já vi muitos castelos, mas que não sabia que havia um em Viseu, pergunto: qual alcáçova? qual castelo? Em resposta, mostram-me uma réplica do castelo de… Guimarães. São muito imaginativos e originais estes viseenses, são ou não são?

2. Segundo o comissário dos festejos viseenses a Afonso Henriques, no congresso que organizou, “todos os conferencistas foram unânimes ao concluir que D. Afonso Henriques nasceu aqui (…) à excepção de um participante”. Afinal, além da descoberta de que Afonso Henriques tinha nascido na novíssima alcáçova do Castelo de Viseu, em Viseu também se descobrem novos significados para as palavras: todos já não significa ‘a totalidade’ e unânimes deixou de significar ‘relativo a todos’. Porque ‘todos’, para o doutíssimo comissário, mesmo não sendo de todo todos, nem de todo unânimes, tem o significado de ‘todos unânimes’. Ou até mais do que todos, quem sabe?

10 comentários:

  1. Eu sinceramente não sei o que pretendem estes viseenses! Parece que só querem protagonismo à custa de Guimarães.
    Está na hora das vozes Vimaranenses se levantarem, pois já estou farto deste discurso reles e mesquinho vindo por parte das terras de Viseu!

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  2. Sou de Viseu e devo contestar que não somos mesquinhos e que quem reclama de alguma forma que D. Afonso Henriques nasceu aqui é quem não tem mais nada que fazer. O povo viseense anda demasiado ocupado com coisas realmente importantes para se dar ao trabalho de reclamar para si seja o que for que aconteceu há c*lhões de tempo. Queremos lá nós saber onde o senhor nasceu...

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  3. Caríssimo Honoré de Balazar vamos lá ver se fazemos "honor" à verdade. "Estes Viseenses" como diz o anónimo do primeiro comentário, não "querem protagonismo à custa de Guimarães", caso mais à custa do nosso primeiro rei. Porém muito mais importante é ter esse protagonismo à custa da verdade. E a verdade parece ser que, para seu desgosto e de alguns amantes da mentira, D. Afonso Henriques nasceu mesmo em Viseu. Mas fiquem V. Exas. descançados que em abono da verdade jamais algum Visiense pensou em roubar o título de "berço da naconalidade" a Guimarães. Nós temos o "berço da Lusitânia", bem mais antiga e, se o seu reduto já não está completo ainda mantém o nome de Cava de Viriato. O castelo da foto mais não é do que uma reprodução do lindo Castelo de Guimarães que passeou pela cidade em dia de Cavalhadas. Espero ter sido esclarecedor também para a conterrânea Clara, lembrando-lhe que a história não tem idade e que um verdadeiro Visiense dela tem orgulho.

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  4. Eu o que acho é que em Viseu aquele pessoal não deve ter mais nada que fazer e depois inventa estes desfiles e estas "car(v)alhadas" para dar nas vistas...

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  5. Meu caro anónimo das 1:36,

    Acredito que os viseenses não queriam protagonismo à custa de qualquer coisa que não seja deles. Mas que há viseenses que calvagam uma teoria muito mal amanhada para se porem em bicos de pés e chamarem as atenções do mundo para eles, lá isso há. A começar no presidente da Câmara, que resolveu transformar uma minudência histórica em matéria politiqueira de afirmação local.

    Diz V. Exa que:

    "E a verdade parece ser que, para seu desgosto e de alguns amantes da mentira, D. Afonso Henriques nasceu mesmo em Viseu."

    E eu estou inteiramente de acordo consigo. De facto, quem lê o que uns quantos andam para aí a lançar para a comunicação social, até "parece ser" que Afonso Henriques nasceu em Viseu. Todavia, entre o parecer e o ser vai uma larga distância. Porque, como V. Exa. não ignorará, as aparências iludem.

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  6. Grato pelo "gamanço da foto" e citação.
    O castelo foi demolido há séculos e no local foi edificada a Sé de Viseu, onde São Teotónio o confessor e amigo de D. Afonso Henriques, que quis nomeá-lo bispo de Coimbra, foi prior. O castelo foi local de estadia de reis da dinastia dos godos e do reino de Leão, família a que pertencia D. Teresa por ser filha bastarda de Afonso VI.
    Afonso Henriques, filho de Henrique, foi criado por Egas Moniz nas suas terras de Ribadouro e a cidade de Viseu pendeu para o partido de Dª Teresa e dos galegos, na sua "guerra contra a mãe".

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  7. É nestas alturas que deveria existir um Salazar, o Tarrafal já teria mais alguns inquilinos.

    Viseu? Alguém ouve falar? Não! Daí arranjarem este entretenimento para puxarem as câmaras para eles.

    Venham a Guimarães e passeiem pelas ruas desta bela Cidade Património Mundial, Capital Europeia da Cultura 2012 e ganhem vergonha na cara ao verem quão pequena é Viseu ao pé de Guimarães.

    Coitado do pequeno Afonso, que após o seu nascimento veio ser baptizado à Capela de S. Miguel. Uma viagem longa para aquela época, logo feita à nascença!!!

    GUIMARÃES é PORTUGAL, o resto são conquistas...

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  8. Essa tradição do baptizado é igualzinha, poucos séculos mais antiga, da que chamou à cava, uma fortaleza provavelmente muçulmana edificada mil anos depois da sua morte - "Cava de Viriato".
    O monumento que pretendia "honrar a raça portuguesa" ?, colocada no local em 1940, serviu para confirmar uma falsidade histórica.

    Bijeu

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  9. Viseu... Cidade sem relevo em Portugal e, por isso, por não estar perto de Lisboa nem pertencer ao Norte, arranja artimanhas para trazer alguma atenção ao seu concelho. Viseu, Coimbra ou Guimarães? Consenso ninguém tem e os historiadores que defendem as suas teses terão sempre provas a atirar à cara dos outros. O que interessa é que era em Guimarães que esteve sediado, foi em Guimarães que se deu a decisiva batalha e foi em Guimarães que, à falta de provas conclusivas e inegáveis que Viseu e Coimbra não tem, a mitologia popular a situa. Ou seja, temos argumentos mais tradição enquanto que Coimbra e Viseu tem argumentos e, todos eles, contestáveis. Só mais uma achega ao Viseense que intitulou esta pseudo cidade como BERÇO DA LUSITÂNIA. Se deixasse de ler manuais escolares feitos no tempo do salazarismo, veria que a Lusitânia tem a vasta maioria do seu território original, ou seja, pré-romnano, na Espanha actual. Igualmente, a cidade de Urso em Espanha defende que foi lá que terá nscido o que faz muito mais sentido quando vendo o mapa Lusitano pré invasões Latinas. Finalmente, que fiquem sabendo os Viseenses que D.Teresa era Galega, que o Norte de Portugal, o território que se separou e se afirmou, era GALEGO e que a Lusitania sempre se situou ABAIXO DO DOURO. Acima, que saiba, sempre ficou a GALLAECIA, cujo nome tem origem no povo castrejo de CALE (Porto)e que os Romanos aplicaram a todo o Noroeste por esse ser semelhante geograficamente e culturalmente. Portanto, se diz que Viseu é onde nasceu Viriato e a Lusitania, PARABENS POR NADA pois estes dois conceitos NADA TEM A VER COM A CRIAÇÃO DE PORTUGAL. Apenas tem a ver com a necessidade de criar uma mitologia e epopeias clássicas da parte de Gil Vicente e Camões entre outros que precisavam de um herói que transmitisse algum sentimento de unidade, mesmo que não fosse uma verdade histórica.

    Resumindo, Viseu diz, sem provas que D.A.Henriques lá nasceu, diz igualmente sem provas que Viriao lá nasceu, e que é o berço da Portugalidade por ser o centro da Lusitânia quando PortuCale é de raça Galega pura e que foi este génio Galego que reconquistou e repovoou as terras a Sul...

    NORTE SEMPRE!

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  10. As pessoas de Viseu - a maior parte delas - -não tem culpa de meia dúzia de INCULTOS, para ser brandinho no vocabulário, reclamar tal coisa para Viseu. Não lembra ao Diabo! Irra!

    D. Afonso Henrique nasceu em Guimarães por altura de 1106 a 1113, dizendo a tradição - e na falta de outros documentos que provem com precisão o dia e o ano - 1111.

    Dois anos depois, Ninguém de Viseu voltou a falar/reclamar/celebrar D. AFONSO HENRIQUES, cidadão de Guimarães.

    Viseenses, aproveitem as ferias para visitar Guimarães e levarem um banho de historia e de cultura. Apreciem tudo o que vos rodeia nesta que é cidade património Mundial e Capital Europeia da Cultura em 2012.

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