Diz-se por aí que há quem tenha boa e quem tenha má imprensa. O que não significa que a tal imprensa seja necessariamente boa ou má. É que, podendo ser má, mesmo muito má, também pode ser boa. Há quem tenha boa imprensa, mesmo que esta seja da espécie piorzinha, mais rascante e mais rasteira com que se pode tropeçar nos quiosques. É deste maniqueísmo um tanto ou quanto confuso, que anda por aí, que eu acabo de descobrir o arquétipo, na folha cuja vera efígie segue em epígrafe.
Literalmente, a notícia, com honras de parangonas, não podia ser mais bombástica: “Bomba… na Câmara!”. Nela se narra a luta titânica do bom contra os maus, numa história comovedora e tocante, mas lamentavelmente amoral, que termina com a vitória das forças do mal.
O bom sabemos quem ele é: “o único vereador independente da lista do PS”, aquele que iluminou a nossa municipalidade com o brilho da sua infinita “competência”, aquele que se nega “a entrar em qualquer lógica de conquista do poder”, aquele que não negoceia “a partilha desse poder que alguém na vereação não esconde cobiçar”, aquele que incute “um estilo de trabalho mais à base da competência do que da afinidade partidária” e que viu os seus projectos “emperrados e condicionados a outras vontades que não as do presidente da Câmara. Ou as do próprio interesse do Município de Guimarães”. Nada mais do que a figuração de um anjo.
Os maus são figuras inominadas, obscuras, maquiavélicas e, porventura, sinistras, que se movem por entre os interstícios das sombras, apenas identificadas como “outros vereadores socialistas ávidos de poder”, “que se julgam candidatos à sucessão e ao poder por herança partidária” e que tecem uma ardilosa cabala, “ao jeito de uma trama de invejosos”. Serventuários do mafarrico, portanto.
Nesta história com pouca moralidade, o bom e os maus entraram “em rota de colisão”. No choque, inevitável e aparatoso, o mal venceu o bem. E o bom retirou-se de cena. Atrás dele, ficaram os cacos da sua obra inacabada e o rol das lágrimas derramadas pelo fiel amigo, o portentoso gazeteiro. E Guimarães, por uma vez ingrata, tardará em dar-se conta de tudo aquilo que perdeu.
(*) Quem diz almoços, diz jantares, ceias, merendas, mata-bichos ou outras comedorias e aposentadorias.
Literalmente, a notícia, com honras de parangonas, não podia ser mais bombástica: “Bomba… na Câmara!”. Nela se narra a luta titânica do bom contra os maus, numa história comovedora e tocante, mas lamentavelmente amoral, que termina com a vitória das forças do mal.
O bom sabemos quem ele é: “o único vereador independente da lista do PS”, aquele que iluminou a nossa municipalidade com o brilho da sua infinita “competência”, aquele que se nega “a entrar em qualquer lógica de conquista do poder”, aquele que não negoceia “a partilha desse poder que alguém na vereação não esconde cobiçar”, aquele que incute “um estilo de trabalho mais à base da competência do que da afinidade partidária” e que viu os seus projectos “emperrados e condicionados a outras vontades que não as do presidente da Câmara. Ou as do próprio interesse do Município de Guimarães”. Nada mais do que a figuração de um anjo.
Os maus são figuras inominadas, obscuras, maquiavélicas e, porventura, sinistras, que se movem por entre os interstícios das sombras, apenas identificadas como “outros vereadores socialistas ávidos de poder”, “que se julgam candidatos à sucessão e ao poder por herança partidária” e que tecem uma ardilosa cabala, “ao jeito de uma trama de invejosos”. Serventuários do mafarrico, portanto.
Nesta história com pouca moralidade, o bom e os maus entraram “em rota de colisão”. No choque, inevitável e aparatoso, o mal venceu o bem. E o bom retirou-se de cena. Atrás dele, ficaram os cacos da sua obra inacabada e o rol das lágrimas derramadas pelo fiel amigo, o portentoso gazeteiro. E Guimarães, por uma vez ingrata, tardará em dar-se conta de tudo aquilo que perdeu.
(*) Quem diz almoços, diz jantares, ceias, merendas, mata-bichos ou outras comedorias e aposentadorias.
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