domingo, 26 de julho de 2009

Do Peso Político

Durante boa parte do mandato autárquico que agora vai dando as últimas, o vereador Júlio Mendes acumulou peso político, tendo sido por muitos apontado como o putativo sucessor do nosso dinossáurico alcaide. Vai a ver-se, o peso era aparente, simples aerofagia: com um ligeiro sopro, saiu de cena, passando ao estado gasoso. Foi um ar que lhe deu. Entretanto, por estes dias, fizeram-se apostas, tentando adivinhar quem seria o novo Castro… ups... Júlio. Afinal, enfiam-nos o avesso do Júlio, a Arquitecta do ex-GTL. Caloira nestas andanças, o tempo se encarregará de mostrar qual o efectivo peso político da Madame, se for eleita (o que, palpita-me, não obstante a solidez da candidata, não será líquido com o lugar que lhe reservaram na lista rosa). Cá por mim, já não tenho dúvidas: garanto-vos que esta Arquitecta pesa para lá de dois Júlios.

6 comentários:

  1. De muito mau gosto...E sem piada nenhuma.

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  2. Bestial, ficou bastante favorecida! Vejam o pormenor da cueca. Vai ser um mandato muito suado...

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  3. Caro(a) anónimo(a) n.º 1:

    A riqueza da língua portuguesa está, a mais das vezes, na sua ambiguidade: a maior parte das palavras que dizemos exprimem várias coisas diferentes. A sua graça, a da língua, pode estar em jogar com essa ambiguidade: ao dizermos algo, podemos estar a dizer coisa bem diferente, porventura o seu contrário. A literalidade nem sempre será a perspectiva mais adequada, sob pena de quem a usa incorrer na mais cândida ingenuidade. Se aqui tivéssemos escrito que a senhora Arquitecta vai ser um osso duro de roer (estou certo de que o vai ser), certamente V. Exa. não cogitaria que lhe estaríamos a chamar de tíbia, perónio ou homoplata. Ou será que, quando diz que o que aqui se escreveu é "de muito mau gosto", só o fez depois de, em sentido literal, ter provado ou, no mínimo, lambido o dito?

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  4. É nessa ambiguidade forçada e na escolha da expressão "peso" que se encontra o seu mau gosto.São opções.

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  5. A ambiguidade da língua é o que é. Não fomos nós que a fizemos assim, mas gostamos dela tal como é. E gostos, não são bem opções, são simplesmente gostos.

    Agora, se pensa que o que nos fez escrever o que escrevemos foram as características físicas da senhora, está enganado(a). Não nos interessa, nem um pouco,se alguém é largo ou estreito, encorpado ou minorca,gordo ou magro. Aqui, a questão tem mesmo a ver, apenas, com peso político (que a senhora candidata pode muito bem vir a ter, a ver vamos, e que no seu antecessor era manifestamente artificial, como o tempo demonstrou).

    O mais, são as tretas do costume: a normalização do gosto, a regulamentação do senso e o império do politicamente correcto, que nos causam náuseas e pele de galinha.

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  6. Não foi uma piada fininha, lá isso não :)

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