quarta-feira, 29 de julho de 2009

E A Procissão Ainda Nem Chegou Ao Adro


"Something Is Rotten in the State of Denmark."

William Shakespeare, Hamlet

O Homem das Cavernas de Vieira

Segundo notícias que acabam de chegar, está em vias de resolução um dos grandes mistérios da evolução da espécie humana. Acaba de ser encontrado, numa gruta de Vieira do Minho, o elo perdido: um exemplar do homem de Cro-Magnon em perfeito estado de conservação. Ouvido pela Agência Lusa, um investigador já deu conta do entusiasmo que reina entre a comunidade científica, na sequência deste achado: “A descoberta é surpreendente a todos os títulos. Se encontrar um esqueleto de um antepassado nosso com mais de alguns de séculos era praticamente uma impossibilidade, devido ao elevado teor de acidez dos solos do Minho, encontrar um exemplar do homem pré-histórico em perfeito estado de conservação, e ainda por cima vivo, nem sequer era cogitado.” O Circo Chen já se pôs em campo, tendo apresentado ao homem das cavernas uma proposta irrecusável para a temporada natalícia. Por sua vez, Luís Filipe Vieira também já está no terreno, havendo quem afiance que Cro-Magnon será o ponta-de-lança que ainda falta ao Benfica. Aguarda-se com expectativa o pronunciamento de A. Mota Prego, arqueólogo que recentemente ficou conhecido pela sua inovadora teoria acerca da profundidade das escavações arqueológicas no Toural, quando se preparavam para o esventrar.

domingo, 26 de julho de 2009

Do Peso Político

Durante boa parte do mandato autárquico que agora vai dando as últimas, o vereador Júlio Mendes acumulou peso político, tendo sido por muitos apontado como o putativo sucessor do nosso dinossáurico alcaide. Vai a ver-se, o peso era aparente, simples aerofagia: com um ligeiro sopro, saiu de cena, passando ao estado gasoso. Foi um ar que lhe deu. Entretanto, por estes dias, fizeram-se apostas, tentando adivinhar quem seria o novo Castro… ups... Júlio. Afinal, enfiam-nos o avesso do Júlio, a Arquitecta do ex-GTL. Caloira nestas andanças, o tempo se encarregará de mostrar qual o efectivo peso político da Madame, se for eleita (o que, palpita-me, não obstante a solidez da candidata, não será líquido com o lugar que lhe reservaram na lista rosa). Cá por mim, já não tenho dúvidas: garanto-vos que esta Arquitecta pesa para lá de dois Júlios.

sábado, 25 de julho de 2009

A Cidade Inominável

Relíquia viseense: a pá de Afonso Henriques

Festejar o Nascimento de D. Afonso Henriques na cidade de Viseu não impede (no entanto) que outras comemorem a Fundação da Nacionalidade, que venham a celebrar D. Afonso, pela sua tomada aos Mouros; e, pela mesma razão; e … e outras, pelas cartas de amizade e segurança que o nosso Príncipe concedeu aos seus mouros forros, em consertos de pazes e alianças.

Afonso Henriques pode ser comemorado em Viseu, Lisboa, Sintra, Coimbra, Leiria, Santarém, Ourique, Almada, Palmela, Alcácer do Sal. Para o Sr. Ruas das Pedradas, Guimarães é a outra, a cidade que não se pode nomear. Ficamos a saber.

Também ficamos a sabe que o Afonso Henriques de Viseu, afinal, não era o rei. Era um sapateiro, um remendão, um Zé da Sovela, ou, muito provavelmente, um trolha que fazia consertos às pazadas.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Poder de Antecipação


[Para ler melhor, carregar no nariz do senhor]
Afinal, aquilo não é só para sortear funerais ou para propagar o fedor de uma máquina absurda e mal-cheirosa. Ali também se faz jornalismo de investigação, do mais genuino, com um extraordinário poder de antecipação. Vejam o exemplo da notícia que vai aí acima. Poderá dizer-se que saiu cedo demais. Mas, ao que sussurram no Café Toural fontes geralmente bem informadas, o anúncio era verdadeiro, mas extemporâneo. Consta que será preciso que se completem quatro anos, um mês e três dias para que se confirme. Ou não.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Pu

Afinal, o fundo era ainda mais abaixo. Grau zero. Abaixo de cão. Menos do que um traque.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ganhou? Tem 90 Dias Para Morrer.

Bem sei que isto tem andado um bocado morto, não precisam de repetir. O problema é que, a precisar de férias, nos sentimos impotentes para competir com concorrência assim tamanha.

[Pelos vistos a coisa está preta para todos, até para as rádios e para as agências funerárias - se calhar, já ninguém morre, porque os funerais estão pela hora da morte, perdoem-me o trocadilho - mas a coisa tresanda de sórdida e fede de mau gosto.]